Notícias
Abertura oficial é realizada nesta quarta
9ª JICE
Após muita expectativa de organizadores e participantes, foi iniciada a programação da 9ª Jornada de Iniciação Científica e Extensão (JICE) do Instituto Federal do Tocantins (IFTO). O palco do Auditório Central do Campus Palmas já convidava os presentes a entrar no clima do evento, especialmente a partir da apresentação do Coral da UFT Encantos, com músicas de samba acompanhadas de teclado, cuíca e pandeiro. O regente do coral, Bruno Barreto, contou que essa é a 1ª vez que se apresentam no IFTO e que estar na JICE é uma alegria para o grupo.
A cerimônia de abertura do evento foi realizada na tarde de quarta-feira, 24, e contou com a participação do reitor do IFTO, Antonio da Luz Júnior; do diretor-geral do Campus Palmas, Wendell Costa; da pró-reitora de Pesquisa e Inovação e presidente da Comissão Organizadora da 9ª JICE, Paula Karini Amorim; da pró-reitora de Extensão, Gabriela Cabral; do secretário de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária do estado do Tocantins, Thiago Dourado,em nome do governo estadual; e do diretor superintendente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae - TO), Omar Antonio Hennemann.
Depois da execução do Hino Nacional, as autoridades iniciaram a sessão de pronunciamentos. Para o superintendente do Sebrae-TO, a crise da atualidade se deve ao envelhecimento das instituições tradicionais e que, por isso, é preciso se investir em inovação. "O IFTO é um exemplo de instituição com pensamento jovem, inovador, que promove uma jornada como essa para provocar os alunos a se arriscarem na inovação por meio da pesquisa e da extensão", defendeu.
O secretário estadual Thiago Dourado foi professor universitário por dez anos e disse ser uma satisfação falar para um público de estudantes. Discorreu sobre a atuação do governo do Tocantins no que se refere às pesquisas, principalmente em relação ao agronegócio. Lembrou das potencialidades do estado na produção de alimentos, especialmente por suas características climáticas e regime de chuvas. "Mas para que os potenciais se concretizem, a mudança deve ser feita em conjunto", afirmou Thiago sobre a importância da ciência para o desenvolvimento do estado.
A pró-reitora de Extensão enalteceu as ações realizadas nos campi: "Desde que estou a frente da pró-reitoria, conheci a amplitude dos projetos que temos em todas as unidades. E nós nos comprometemos a fortalecer o tripé ensino-pesquisa-extensão", declarou. Em seguida, a pró-reitora de Pesquisa e Inovação falou sobre o quanto caminharam para chegar até o momento da abertura oficial da JICE. "Todo esse esforço, que começou desde a publicação do edital que trata da iniciação científica, nos fez chegar até aqui por meio do trabalho de muitas pessoas. Agradecemos a todos os envolvidos na organização da jornada", ressaltou.
O diretor-geral do Campus Palmas, Wendell Costa, como gestor anfitrião da 9ª JICE, cumprimentou os convidados e o público presente e disse que recebe a todos com alegria e orgulho, pois esse evento valoriza toda a produção científica desenvolvida nos campi.
O reitor Antonio agradeceu o apoio do Sebrae-TO e do governo do Estado, parceiros do IFTO que engradecem muito o evento. "O IFTO não caminha sozinho, trabalha com a iniciativa privada e com o poder público para promover o desenvolvimento de todas as regiões do Tocantins", explicou. Também reconheceu todo o esforço para a realização da jornada e teceu um agradecimento ao diretor Wendell por sediar esse evento institucional. Pontuou as novidades da programação da 9ª JICE, como o Hackaton e o Mulher em Ação, e firmou o compromisso de levar a edição 2019 da jornada para a Praça dos Povos Indígenas, na cidade de Palmas (TO): "O IFTO não nasceu para ser coadjuvante. E para se destacar, é preciso expandir sua atuação cada vez mais para a comunidade".
PALESTRA DE ABERTURA
Para discutir o tema da 9ª JICE, Ciência para a redução das desigualdades, o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Fernando Bartholo, veio para contar sua experiência à frente da Incubadora Social da UFG. De acordo com o site da universidade, a Incubadora, em seu formato inicial (2007), tinha como objetivo atuar com catadores do município de Goiânia e região metropolitana (Aparecida de Goiânia e Trindade). Devido ao aumento da demanda, já alcançaram 12 municípios.
O professor iniciou sua fala com informações sobre a desigualdade social no Brasil, como a concentração de renda. Em suas experiências na área, constatou que era muito comum encontrar iniciativas assistencialistas, mas não se via ações que contribuíssem para a autonomia das comunidades onde se inseriam. Nesse viés, a Incubadora Social começou seus trabalhos em assistência técnica e, principalmente, na área de formação e cidadania de cooperativas de catadores de lixo. Com base na economia solidária, que tem como pilares a cooperação, a solidariedade, a sustentabilidade e a autogestão, a equipe de incubadores desenvolveu atividades de acompanhamento, minicursos e assessoria, entre elas, o destaque é a Oficina de Prática de Autogestão (OPA).
Para Fernando, o projeto é um exemplo de Ciência para redução das desigualdades: "Nós conseguimos ultrapassar os muros invisíveis da universidade com o desenvolvimento da Incubadora Social, que já chegou em 12 municípios, onde estavam pessoas que não tinham oportunidade e que hoje passaram a ter reconhecimento da sociedade e do poder público por meio das cooperativas".
Para conhecer mais o projeto, acesse www.incubadorasocial.ufg.br .