O Campus Palmas do Instituto Federal do Tocantins - IFTO, realizou a inauguração do seu primeiro biodigestor piloto no dia 15 de setembro. O equipamento foi instalado a partir do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o IFTO e a empresa Deveras Soluções Ltda, que prevê o desenvolvimento de projetos voltados à produção de biogás e biofertilizantes a partir de resíduos orgânicos e esterco animal.

A parceria possibilitou a implantação do sistema HomeBiogás 2.0, capaz de processar até 4 kg de resíduos orgânicos por dia, ou até 18 kg de esterco animal, transformando resíduos em energia renovável e fertilizante líquido de alto valor agronômico. O biodigestor foi instalado na área experimental do Campus Palmas, integrando o Laboratório de Biofábricas e Ambientes Protegidos.

Segundo o professor José Eustáquio Canguçú Leal, coordenador técnico do projeto, o equipamento representa mais que  um avanço tecnológico, “O biodigestor representa não apenas uma inovação tecnológica, mas também uma oportunidade para integrar pesquisa aplicada, formação de estudantes e apoio à agricultura familiar com práticas sustentáveis”, destaca o professor.

Integração com projetos de pesquisa

O projeto está vinculado a dois Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC): “Produção de Biogás e Biofertilizantes com Uso de Biodigestor no IFTO/Campus Palmas” (2024–2025), que investiga a eficiência do sistema e a qualidade dos insumos produzidos.

“Viabilidade Econômica do Uso de Biofertilizantes Produzidos em Biodigestor no IFTO/Campus Palmas” (2025–2026), que avalia custos de implantação, tempo de retorno sobre investimento (payback) e impactos financeiros para a agricultura.

Desenvolvimento Sustentável 

A expectativa é que a iniciativa contribua de forma concreta para a redução de custos na produção agrícola, substituição de fertilizantes químicos, geração de energia limpa e gestão sustentável de resíduos orgânicos, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU — em especial os ODS 6 (Água Potável e Saneamento), 7 (Energia Limpa e Acessível) e 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis).

Com forte caráter científico e educacional, o projeto reafirma o compromisso do IFTO com a promoção da sustentabilidade, da inovação tecnológica e da bioeconomia. Além de funcionar como ferramenta para ensino e pesquisa, o biodigestor será uma vitrine tecnológica aberta à visitação de estudantes, pesquisadores e agricultores da região.