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IFTO deposita primeiro pedido de patente de inventor independente
Propriedade intelectual
O Instituto Federal do Tocantins (IFTO) protocolou junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) o primeiro pedido de patente de inventor independente. Trata-se de tecnologia desenvolvida de forma autônoma pelo inventor independente Maico Wellington Cabral. Devido ao período de sigilo necessário no processo de patenteamento, o invento não pode ser divulgado.
De acordo com a assessora de Propriedade Intelectual, Siméia Marinho, assim como a consultoria a servidores da instituição, o atendimento a inventores independentes faz parte da Política de Inovação do IFTO e tem como objetivo apoiar pessoas físicas que não possuam suporte técnico e não têm vínculo institucional de pesquisa com a devida proteção às suas criações, além de possibilitar uma possível transferência de tecnologia que possa contribuir para o desenvolvimento regional.
O inventor independente elogiou a equipe do IFTO. "Achei a equipe empática e acessível e creio na instituição como meio de enriquecimento e jeito eficiente de trazer uma inovação aqui para o Estado e país", disse Maico.
O pedido de patente, bem, como toda a assessoria à pessoa proponente é feita por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), que está ligado à Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (Propi) do IFTO. O atendimento a inventores independentes deve ser iniciado pela pessoa interessada em registrar e proteger um produto inovador, que deve procurar a equipe do NIT, que atende na Reitoria do IFTO. "Esse contato é importante para que nós possamos ouvir as demandas desse inventor, conhecer o seu produto, além de passar orientações sobre as próximos passos", detalhou Siméia.
O diretor de Inovação e Empreendedorismo, Stefan Oliveira, explica que entre as etapas estão o cadastro da pessoa proponente do invento no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), onde será criado um processo com o detalhamento do invento. Posteriormente a isso, a equipe do NIT buscará por anterioridades do invento proposto, ou seja, uma pesquisa para verificar se há algo similar e confirmar a inovação da proposta apresentada. Também é verificado se a atividade é inventiva e a aplicação industrial da tecnologia.
Se confirmados esses requisitos, a proposta, então, é encaminhada ao Conselho de Inovação do IFTO, que dará o parecer - se positivo ou negativo - sobre o acolhimento da proposta. Se o resultado for favorável, além de o pedido de patente ser protocolado no INPI, "o projeto poderá ser desenvolvido, incubado para desenvolvimento, utilizado pela instituição, industrializado e/ou inserido no mercado”, acrescentou Stefan.
Siméia afirmou que os custos do pedido são arcados pelo IFTO e, por isso, a importância de um acompanhamento detalhado da proposta, justificou. "A inovação está no DNA dos Institutos Federais e o IFTO tem feito um investimento crescente e contínuo no sentido de promover o desenvolvimento de projetos inovadores para o fortalecimento do ecossistema de inovação e o empreendedorismo no Tocantins", completou a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, Paula Karini Amorim.