Notícias
II Colóquio de Pesquisa do Campus Palmas debate interdisciplinaridade no Estado
Palmas
Na manhã desta terça-feira, 23, aconteceu no Campus Palmas, do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), a abertura do II Colóquio de Pesquisa do IFTO, organizado pelo Núcleo de Pesquisa, História e Diversidade Cultural, do Campus Gurupi, e o Núcleo de Pesquisa em Linguística Aplicada com ênfase em Estudos Afro-brasileiros e Indígenas, do Campus Palmas. A “Pesquisa interdisciplinar no estado do Tocantins” foi o tema do evento este ano, e quem ministrou os trabalhos foram os professores Soraia Blank, Walena Almeida, Rivadavia Porto, Raimundo Expedito Pires e Euler Rui Barbosa.
A professora de Música e coordenadora do evento, Walena Almeida, falou dos objetivos e da importância do Colóquio de Pesquisa. “A intenção é unir os pesquisadores do IFTO, pesquisadores de outras instituições de ensino superior e os nossos acadêmicos para que possamos compartilhar e socializar nossas pesquisas e as metodologias que estão sendo utilizadas, de tal forma que isso se torne instrumento de auxílio para outros pesquisadores”, declarou.
A professora Soraia Blank abriu o evento, e falou sobre os destaques da programação. “Traremos a palestra 'Lendas e mitos afro-brasileiros e indígenas e a pedagogia do antipreconceito'. “Precisamos dar ênfase para pesquisas nessa temática, pois cerca de 93% da população tocantinense é afro-brasileira e indígena, e ainda há uma parcela afro-indígena. A falta de políticas públicas para essas pessoas é um grande problema no Tocantins”, disse.
A professora Walena ministrou a primeira palestra do evento: “Arte e meio ambiente - o artista regional Marcos Dutra”. Após isso, a programação seguiu com o professor e pesquisador na área de Idiomas, Rivadavia Porto, que ministrou a palestra de tema “Políticas linguísticas e mobilidade acadêmica: representações do professor de idiomas estrangeiros”. Rivadavia destacou que existe uma grande demanda de ensino e aprendizagem de idiomas como forma de ampliar o conhecimento, mas que as políticas linguísticas adotadas no Brasil dificultam o desenvolvimento dos trabalhos nessa área.
“Ainda estamos impossibilitados de fazer muitas coisas em sala de aula, como, por exemplo, ministrar uma aula inteira em outro idioma que não seja o português. Pesquisas com essa temática são importantes no meio acadêmico, pois as pessoas podem enxergar que a ciência e a tecnologia se constroem através das práticas linguageiras. O desenvolvimento do Brasil está diretamente relacionado com o desenvolvimento dessas práticas, e por isso é essencial que se desenvolva políticas linguísticas coerentes e eficazes”, declarou Rivadavia.
Ainda pela manhã, as palestras seguintes foram “Por uma reeducação estética: filosofia e cinema em sala de aula”, ministrada pelo professor Raimundo Expedito Pires, e a palestra “Estudos sobre a prática pedagógica nas salas multifuncionais para alunos com deficiência visual da rede estadual de ensino, na cidade de Palmas (TO)”, ministrada pelo professor Euler Rui Barbosa. O evento segue até as 21h30. A programação completa pode ser conferida clicando aqui.