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II Colóquio dos Direitos Linguísticos promove integração e fortalece discussão em torno da Libras
Campus Palmas
Um momento de integração e de superação das diferenças. Foi assim o II Colóquio dos Direitos Linguísticos do Tocantins: 15 anos da Libras, realizado no último sábado, 8, no Campus Palmas, do Instituto Federal do Tocantins (IFTO). O evento teve o objetivo de fortalecer as discussões em torno de políticas públicas para a área da Língua Brasileira de Sinais (Libras), e contou com a participação de estudantes do IFTO e da Universidade Federal do Tocantins (UFT), além de servidores e da comunidade em geral.
Para a organizadora do evento, a coordenadora de Educação Inclusiva e Diversidade do Campus Palmas Alini Alves, a realização da segunda edição do Colóquio reflete a importância da inclusão e de se debater a temática da Libras. “Desde a primeira edição, nosso desejo era mostrar aos estudantes ouvintes e demais interessados os desafios que o surdo enfrenta em seu dia a dia, e a importância de se respeitá-lo como cidadão. O evento deu muito certo e despertou em muitos o interesse em aprender a Libras. Nessa segunda edição, a nossa intenção é continuar essas discussões para incluir a Libras no cotidiano das pessoas, para que ela não seja estranha”, destacou a coordenadora, que lembrou que a unidade recebeu, neste semestre letivo, dois alunos surdos no curso Manutenção de Computadores, na modalidade Proeja.
A diretora de Assistência ao Estudante e Servidor do Campus Palmas Rosana Corrêa também frisou a importância do evento. “Hoje é um dia especial, pois podemos disseminar, compartilhar a importância e riqueza da Libras”. A diretora lembrou que “temos melhorado no que diz respeito à inclusão, mas é preciso avançar mais”.
Durante o colóquio os participantes puderam conhecer um pouco mais da história da Libras por meio da palestra “Politicas educacionais e linguísticas da comunidade surda do Brasil”, ministrada pelo professor da UFT Felipe Coura. A importância da inclusão do aluno surdo e seus desafios também foi outro ponto abordado pela especialista em educação especial da Secretaria Estadual de Educação, Juventude e Esportes (Seduc) Paola Regina Martins. Houve, ainda, uma apresentação cultural de teatro dos alunos do curso de Letras/Libras da UFT. O colóquio foi finalizado com a oficina “A escrita da língua de sinais”, ministrada pelo professor de Letras/Libras da UFT Renato Leão.
Despertando para a Libras
Participando do evento, o estudante ouvinte do curso de licenciatura em Letras do Campus Palmas Lucas Soares destacou a relevância da discussão da temática. “Como um futuro educador, eu acho muito importante entender a história da Libras e a causa dos surdos. Essa conscientização dos ouvintes é muito importante e este evento mostrou isso”.
Para o estudante, é necessário garantir o acesso à educação e, por isso, é importante que os educadores sejam despertados para a necessidade de conhecer e aprender a Libras. “Despertou em mim esse desejo e espero que também tenha sido assim com os outros participantes”, destacou.
Ações
Atento à importância do tema, o Campus Palmas realizou, em 2017, além do II Colóquio dos Direitos Linguísticos, uma oficina de metodologia de ensino para surdos, voltada a seus professores. Além disso, está prevista para os próximos meses a realização, pela segunda vez, de uma capacitação para servidores na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
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