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Palestras iniciais abordam dores na lombar e autismo
Semana da Saúde
A Semana da Saúde do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) teve início nesta terça-feira, 5, e o primeiro dia contou com duas palestras: a primeira, presencial, esteve focada na prevenção de hérnias de disco e dor lombar, a segunda, transmitida online, teve como tema 'TEA: uma pauta além da contemporaneidade'.
A palestra de abertura foi dividida em duas partes, na primeira, o fisioterapeuta Laureano Carvalho explicou a estrutura e formação da coluna vertebral, as principais causas e características de dores lombares e que tipos de tratamentos são recomendados. Ele abordou também o processo de formação da hérnia de disco e que nem sempre é necessário intervenção cirúrgica para corrigir o problema.
Ele destacou, ainda, a importância de ter uma postura correta, que preserve a posição da coluna, e da prática regular de exercícios físicos, em especial, aqueles que contribuam para o fortalecimento da musculatura de apoio.
A segunda parte contou com instruções práticas dadas pela instrutora de yoga Fabiane Dier, que ensinou técnicas de alongamento e relaxamento, com atenção especial à lombar, e de respiração para diferentes momentos do dia: ao acordar; no decorrer do dia, como pausas no período de trabalho; e antes de dormir.
No mês alusivo ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, a temática foi lembrada também na programação da Semana da Saúde. A segunda palestra "TEA: uma pauta além da contemporaneidade", foi ministrada pela psicóloga Jordanna de Sousa Parreira, que falou sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em sua apresentação, Jordana explicou que, diferente do que a maioria das pessoas pensam, o TEA não é algo contemporâneo. “Eles existe e está entre nós há muitas décadas. Agora, talvez pela evolução da ciência, isso ganhou um pouco mais de visibilidade social (…) Os nomes não existiam, mas isso não quer dizer que não existia a patologia”, disse.
Inicialmente, a psicóloga apresentou os principais estudiosos da área, que, desde os anos 40, já indicavam dificuldades identificadas nas crianças, bem como já apontavam, em suas pesquisas, traços comportamentais conhecidos do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo dados apresentados pela psicóloga, 99% dos fatores que causam do transtorno são de origem genética. "É uma alteração genética". E, os 3% restantes são de fatores ambientais: como exposição da mãe às substâncias químicas que pudessem alterar a estruturação cognitiva da criança ou qualquer outro fator que alterasse a formação do neurodesenvolvimento da criança.
Jordana compartilhou sobre os três principais fatores para o TEA: déficits sociais e comunicação; comportamentos estereotipados e início precoce (não associado à deficiência intelectual). “Não existe um autista igual ao outro. Eles são únicos”, disse acrescentando informações sobre como são os processos indicadores de diagnósticos. Por fim, falou sobre a importância de uma boa observação e, na sequência, o encaminhamento para um acompanhamento especializado. Os participantes enviaram perguntas, que foram sanadas durante a live.